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‘Não quero te ver’: áudios mostram ex-companheira pedindo para guarda municipal deixá-la em paz dias antes de feminicídio no PR

Guarda municipal é preso suspeito de matar ex-companheira no Paraná usando arma do serviço Áudios enviados dias antes do crime mostram Jéssica Daiane Cabra...

‘Não quero te ver’: áudios mostram ex-companheira pedindo para guarda municipal deixá-la em paz dias antes de feminicídio no PR
‘Não quero te ver’: áudios mostram ex-companheira pedindo para guarda municipal deixá-la em paz dias antes de feminicídio no PR (Foto: Reprodução)

Guarda municipal é preso suspeito de matar ex-companheira no Paraná usando arma do serviço Áudios enviados dias antes do crime mostram Jéssica Daiane Cabral de Oliveira, de 30 anos, implorando para que o ex-companheiro, o guarda municipal Gerson Rafael Geidelis, de 46, a deixasse em paz. Confira no vídeo acima. A mulher foi morta com seis tiros dentro de casa, em Maringá, no norte do Paraná, na madrugada de sábado (20). O suspeito foi preso horas depois e confessou o crime, segundo a Secretaria de Segurança Pública do município. O g1 tenta identificar a defesa dele. ✅ Siga o canal do g1 Maringá no WhatsApp Em um dos áudios, Jéssica afirma que não queria mais contato com o ex-companheiro e relata crises de ansiedade provocadas pelas insistências. “Eu e você não temos nada, não quero mais nada com você. Você me dá um estado de nervoso que me dá crise de ansiedade. Não quero te ver [...] Peço que siga sua vida em paz e me deixe em paz também”, disse. Ela ainda alertou que buscaria ajuda caso as abordagens continuassem. Familiares afirmam que Gerson enviou vários áudios com ameaças à vítima ao longo da semana anterior ao crime. Em um deles, ele ameaça matar Jéssica e um amigo. Leia também: 'Ruídos diplomáticos': Um dia após Lula inaugurar Ponte da Integração no Paraná sem presidente paraguaio, Paraguai faz cerimônia própria do outro lado da fronteira Tragédia: Morre criança de 3 anos resgatada de dentro de carro que caiu em rio no Paraná Inspirador: Cachorro resgatado de maus-tratos é 'contratado' por prefeitura para ajudar em trabalho emocional com crianças e idosos Guarda invadiu casa da vítima Momento em que Gerson chega à delegacia, em Maringá. Alex Magosso/RPC O feminicídio aconteceu na casa onde Jéssica morava com a filha de 7 anos. A criança estava no imóvel no momento do crime. De acordo com a polícia, Gerson invadiu a residência após arrombar o portão usando o próprio carro. Ele atirou seis vezes contra Jéssica e fugiu em seguida. Marcas da colisão ficaram no portão da casa e no veículo, que foi apreendido. Segundo Nicole Ferreira, amiga da vítima, a menina de 7 anos foi quem contou a ela sobre a morte da mãe. “Minha afilhada veio falar para mim: ‘madrinha, eu acho que minha mãe morreu’. Perguntei por quê e ela disse que achava que o espelho tinha caído em cima da mãe”, contou Nicole. Jéssica tentou buscar ajuda Jessica tinha 30 anos e uma filha, de sete. Redes sociais A RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, apurou que, três dias antes de ser morta, Jéssica tentou registrar uma denúncia por ameaça contra o ex-companheiro na Delegacia da Mulher de Maringá. No entanto, foi até o endereço antigo da unidade. Como precisava ir ao trabalho, não conseguiu se deslocar até o novo local e não concluiu o registro. Suspeito usou arma de serviço Gerson é guarda civil municipal há 16 anos e, segundo o secretário de Segurança Pública de Maringá, Luiz Alves, usou a arma de serviço para cometer o crime. A pistola foi apreendida e possui identificação da Prefeitura do Município de Maringá (PMM). "Houve um erro cometido por um agente público. Erro esse identificado. E erro esse vai começar a ser corrigido agora, a partir do momento que esse indivíduo é preso", disse Alves. Sigla da prefeitura de Maringá marcada na arma usada no crime. Alex Magosso/RPC Ainda segundo a secretaria, o suspeito possuía os laudos que o habilitavam a portar arma de fogo no exercício da função. O agente público foi considerado foragido até a tarde de sábado (20), quando foi localizado perto do Bosque II pela GCM e pela Polícia Civil. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.

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